quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Sem Sentido



Lá estava o céu, nem muito escuro e nem muito claro. Aquele era o tempo perfeito, era o tempo em que eu me imaginava passar horas e hora deitado em baixo de uma arvore à beira de um lago negro refletindo sobre a existência.

Minha escrita não foi feita para os romancistas, pois de fato não sou um. Minha escrita é de deveras aceita por pessoas que necessitam de algo para viver, ou que desejam ter poder.

Nietzsche: Quem julgou compreende-lo equivocou-se a seu respeito; quem não compreendeu, julgou-o equivocado.

“Quando conhecemos aquele primeiro pensador, pensamos em ler até suas próprias veias”. Em meu caso, Nietzsche, é esse pensador. Tão misteriosa é sua filosofia que chego a duvidar se é verídica. Existiram épocas em que eu acreditava literalmente em tudo que Nietzsche dizia. *Nunca deve-se fazer isso, com nenhum pensador*

 Mas estou cansado de seguir filosofias alheias, estou interessado em criar um próprio caminho, um caminho só meu. O ser humano aprenderá coisas comigo que jamais esquecerá, disso não tenho dúvidas.

Desse mesmo modo, ainda procuro um jeito de me encontrar em meio a tantos perdidos. Um dia o farei, mas até lá estarei sempre buscando meu pior para tentar melhorá-lo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

De Luto à Luta



Atualmente vivemos em uma sociedade onde o conformismo é o maior defeito de todos. Estamos todos tão bem aconchegados em nossas humildes casas, com nossos fúteis empregos, que nos esquecemos de todas as falhas de nosso Sistema.

Desde o fim do século XX nos perdemos em meio às propagandas capitalistas do mundo, perdemos o sonho, perdemos a utopia, estamos em um estagio onde sonhar é tão raro quanto lutar – lutar por direitos, lutar pelo que é nosso -, tudo está se acabando em torno de seres que não vêem no futuro algo bom, que não buscam melhorá-lo.

Mas antes de pensarmos em um futuro que seja bom, devemos nos preocupar com nosso presente, para que possamos construir ou pelo menos dar uma base de um futuro ideal. Não podemos nos deixar levar por um sistema constituído de desigualdades, onde poucos têm muito e muitos têm tão pouco.

Devemos sonhar, devemos buscar, devemos cobrar... Mas além de tudo,  sonhar, pois sem sonho não há realidade.


segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Nublado - O Tempo Perfeito



São nos dias como os de hoje, onde as gotas da chuva encostam serenamente no solo, onde o tempo parece tão escuro e assombroso, mas ao mesmo tempo é tão calmo, onde tudo que há de bom e de mal alcança seu maximum em todos os aspectos. São nesses dias também que me encontro no ponto mais alto de minha plenitude para escrever sobre determinados assuntos. 

Este é o tempo perfeito para mim, o mais belo de todosOnde as vezes o Sol aparece timidamente ou as vezes onde a chuva cessa suas lagrimas que nos lavam.

Escrevo este texto neste mesmo tempo, do qual devemos aproveitar cada momento, poder respirar sem medo e descansar sem medo. Do qual devemos apreciar cada detalhe, deste maravilhoso trabalho da natureza.




O Recomeço


Hoje recomeço com força total a postar coisas diariamente no blog!. Ainda não sei quais serão essas coisas, mas tenho a certeza que serão. Não serão posts lineares com um só determinado assunto, pretendo trazer para o blog coisas do meu cotidiano, coisas que realmente aconteceram, mas nunca ditas diretamente (não consigo fazer isso), sempre terei que fazer analogias, ou coisas do tipo.

Bom, esse post foi feito como um tipo de aviso, espero que  gostem do novo formato do blog. 

Boa leitura à todos.

Yan Silva. 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Primeiro Remédio - O Tempo



Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito. São como as linhas que partem do centro para a circunferência, que, quanto mais continuadas, tanto menos unidas. Por isso os antigos sabiamente pintaram o amor menino, porque não há amor tão robusto, que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza o desarma o tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não tira, embota-lhe as setas, com que já não fere, abre-lhe os olhos, com que vê o que não via, e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às coisas, descobre-lhes os defeitos, enfastia-lhes o gosto, e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais o amor? O mesmo amar é causa de não amar, e o ter amado muito, de amar menos.
- Antonio Vieira (1608-1697)

terça-feira, 22 de maio de 2012

Noção de Filosofia



A Física (no sentido moderno desse termo) é a ciência da energia sob suas diferentes formas. Na física, a essência do corpo permanece inalterável, pois os fenômenos físicos não a transformam. Portanto, algo existe que esta ciência não atinge, embora o pressuponha.

A Química é a ciência das espécies químicas e das mudanças que afetam sua estrutura molecular. Mas o átomo, ou qualquer partícula tida temporária e hipoteticamente por ultima divisão de quantidade, ela mesma é sujeita a uma composição ultraquímica, como, por exemplo, de essência e de existência.

A Matemática, que estuda o corpo composta só de quantidade, sem nenhuma qualidade física, deixa por isso muita fora de seu campo.

E deste modo para as demais ciências: todas elas se ocupam tão-somente de um aspecto, de uma parte das coisas em geral, nem tampouco de tudo de todas as coisas. Limitam-se a na determinação de uma parte das coisas. (Na realidade, coisa é sinônimo de ente. Por isso, em vez de coisa, uma linguagem mais perfeita pede o uso de ente.)

Contudo, uma ciência existe que trata de todos os entes e de todas as coisas, e no que eles têm de mais profundo. É uma ciência universal, é a rainha das ciências. E como ela se ocupa do ente em toa sua extensão, e não só de fenômenos, de acidentes como fazem as demais ciências, ela é o fundamento de todas as ciências.

Superiora que é, seu papel é indicar cada uma das ciências seu lugar; dirigi-las, servi-se delas e não servi-las.  Muito bem meus caros, essa ciência é a Filosofia.

sábado, 19 de maio de 2012

Agindo de acordo com o Criador Todo-Poderoso


Muito do que as pessoas fazem é em nome de Deus. Irlandeses explodem uns aos outros em nome de Deus. Árabes explodem-se a si mesmos em seu nome. Imames e aiatolás oprimem mulheres em seu nome. Papas e padres celibatários interferem na vida sexual das pessoas em seu nome. Judeus shohets cortam a garganta de animais em seu nome. As conquistas históricas da religião — cruzadas sangrentas, inquisições torturantes, conquistadores genocidas, missionários destruidores de culturas e toda resistência possível contra o progresso científico — são ainda mais impressionantes. E qual é a parte positiva? Fica cada vez mais evidente que a resposta é “absolutamente nenhuma”. Não há motivos para acreditar na existência de quaisquer tipos de deuses, mas razões bastante boas para concluir que não existem e nunca existiram. Tudo foi apenas um gigantesco desperdício de tempo e vidas. Uma verdadeira piada de proporções cósmicas, se não fosse tão trágico.


-Retirado e adaptado do livro "A Improbabilidade de Deus" - Richard Dawkins

sexta-feira, 18 de maio de 2012

O Grande Truque


Um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. E porque se trata de um coelho muito grande, este truque leva bilhões de anos para acontecer. Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pelos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho. E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pelos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência. Alguns deles não chegam a concluí-la, mas outros se agarram com força aos pelos do coelho e berram para as pessoas que estão lá embaixo, no conforto da pelagem, enchendo a barriga de comida e bebida:
— Senhoras e senhores — gritam eles —, estamos flutuando no espaço!
Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos.


-Retirado e adaptado do livro "O Mundo de Sofia" - Jostein Gaarder